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Foi bela a solenidade que entregou uma homenagem ao jogador do Flamengo Ronaldinho Gaúcho. A ABL (Academia Brasileira de Letras) deu até um livro (Flamengo é puro amor, de José Lins do Rego) para "iniciar na leitura" o boleiro que "não curte muito livros". É algo que merece mesmo um aplauso, uma lágrima, uma emoção e uma honra! Quem dera Mário Quintana tivesse recebido esse pouco...
Vamos combinar, meu amigos... A ABL "se rendeu ao craque". Ou seria ao crack? Definitivamente, não entendendo a Academia e o comportamento de seus membros, que prefiriram colocar o Sarney ao Quintana a ocupar uma cadeira em seu rico salão. E agora, um jogador de futebol que, por mais que tenha suas incriveis habilidades com a bola, nunca leu um livro (ou pelo menos nenhum relevante) ser homenageado com medalhão, camisa, tapinha nas costas é o cúmulo.
Convenço-me de uma coisa com todo esse alarde: a Mário Quintana faltou prestígio político e popularidade. Se ele fosse um Sarney ou um jogador que valesse, sei lá, não-sei-quantos-mil réis, com certeza teria cadeira cativa entre os imortais. Neste país, não se valoriza um talento puro para algo que mova as mentes e os espíritos, e sim um talento inato para mover a economia e as falcatruas.
Quem será o próximo membro da academia? O Tiririca?
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