sexta-feira, 1 de abril de 2011

Vegans e respeito às diferenças

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Faz mais ou menos um ano que resolvi consumir menos carne. Não cheguei a virar vegetariano, mas ao menos não estou exagerando como fazia antes - carne duas ou mais vezes ao dia - e estou procurando consumir uma quantidade razoável de carne apenas duas vezes na semana. Influência de amigos, que parecem estar muito bem sendo vegetarianos.
Hoje, no entanto, minha irmã me mostrou uma matéria publicada em diversos sites jornalísticos. Um casal de vegans (pessoas que boicotam qualquer produto de origem animal ou testado em animais) é acusado de homicídio por desnutrição da filha de 11 meses. Na autópsia, foi constatada carência de vitaminas A e B12, importantes para o organismo. Segundo a fonte BBC Brasil (bbcbrasil.com), a criança era alimentada apenas com leite materno e não tomava banhos convencionais (era "lavada" com terra e argila) e era tratada com medicinas alternativas pesquisadas em livros em vez do tratamento médico tradicional.
Meu velho pai, Vicente Alejandro Muñoz Villarroel, sempre me dizia que todos os extremos são ruins. Vê-se que sua sabedoria se mostra confiável após uma notícia dessas. Quando se trata de uma criança, na minha concepção, certas convicções pessoais devem ser deixadas de lado para bem desta. Na minha opinião, os pais não são de fato assassinos, mas foram perigosamente desatentos em relação a algo extremamente importante, que é a alimentação na primeira infância.
Todos que me conhecem sabem muito bem que respeito todo e qualquer tipo de diferença. Tenho amigos vegetarianos e vegans e os respeito.
Contudo, algumas vezes recebi mensagens, scraps e e-mails de um ou outro desses amigos. O conteúdo era um tanto apelativo, praticamente chamando pessoas que comem carne e utilizam produtos de origem animal de assassinos, e convidando a ser vegan. Vi alguns religiosos fazendo coisa parecida, chamando ateus de "filhos do tinhoso" e tentado-os converter à palavra de Deus. São pessoas que levam sua ideologia aos extremos. Lembro do que meu velho pai dizia.
O ponto é: todos são livres para escolher um jeito de viver. Entretanto, precisamos lembrar daquele ditado antigo que diz assim: "O seu direito termina onde começa o direito do outro". Não podemos jamais impor nosso modo de viver a ninguém, muito menos uma criança de 11 meses.

Momento nepotismo! Uma matéria escrita pela minha irmã em seu blog.

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